Avanço no saneamento contribui para a redução da mortalidade infantil no Paraná
Estudo divulgado pelo Instituto Trata Brasil, mostra a relação entre o avanço do serviço de esgoto e a redução da mortalidade infantil, principalmente entre crianças de 0 a 4 anos
No Dia Mundial da Saúde (7/04), a Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) reafirma o seu compromisso com a saúde pública e o papel de promover a universalização do saneamento no Estado. Um estudo publicado em março pelo Instituto Trata Brasil, analisou a incidência de doenças relacionadas ao saneamento ambiental inadequado (DRSAI) no Brasil, entre 2008 e 2024, e revela relação entre o crescimento da cobertura dos serviços de abastecimento com água tratada e coleta e tratamento de esgoto adequado, ligado à redução da taxa de internações e mortalidade infantil.
O estudo traz uma descrição dos indicadores de morbidade e mortalidade – sua distribuição regional e evolução no tempo. Ele mostra que em 2008, o Brasil se encontrava com uma alta incidência de internações por mil habitantes e nos anos que precederam 2008, o país tinha baixa cobertura de serviço de água tratada e coleta de esgoto. Conforme avançaram as coberturas dos serviços de saneamento básico, com a inclusão de parcela significativa da população, caiu o número e a taxa de internação por DRSAI.
No Paraná, esta conclusão pode ser vista na evolução do número de mortes por DRSAI em crianças de até 9 anos. Entre os anos de 2008 e 2023, o número de mortes por DRSAI no estado reduziu em 3,6% na faixa etária de 0 a 4 anos, e de menos 5,9% entre crianças de 5 a 9 anos. Neste período, o serviço de coleta de esgoto prestado pela Sanepar cresceu 24%, saltando de uma cobertura de 56,15% para 80,16%. A Companhia encerrou 2024 disponibilizando o atendimento com coleta de esgoto para 81,44% dos paranaenses. Na Sanepar todo o esgoto coletado é tratado e 100% da população urbana atendida pela empresa recebe água potável.
Para o diretor-presidente da Sanepar, Wilson Bley, o papel da Sanepar no bom desempenho do Estado nos indicadores de saúde é inegável. “Os estudos revelam de que os investimentos na ampliação do serviço de esgoto e na manutenção da garantia de abastecimento de água, são também investimentos em saúde e bem-estar. A cada 1 real investido em saneamento, economiza-se 4 reais em saúdo”, afirma Bley. “O estudo também evidencia áreas mais fragilizadas, que necessitam de maior atenção e esforços conjuntos, dos prestadores de serviços de saneamento ambiental e do poder público, demonstrando o esforço constante para um Paraná mais saudável”, completa.
LONGO PRAZO - De acordo com o Trata Brasil, os resultados também indicam que a disponibilidade de serviços de saneamento tem efeitos acumulados no tempo sobre as taxas de incidência de internações. “Isto significa que as obras e os investimentos que a Sanepar faz hoje para ampliar o serviço de água potável e coleta e tratamento de esgoto, vão gerar efeitos no longo prazo”, afirma o presidente.
O estudo concluiu que, por exemplo, um aumento de 10 pontos percentuais na população com acesso à coleta de esgoto, reduz em 1,6% a taxa de incidência de internação por 10 mil habitantes no mesmo ano. Quando se considera o efeito acumulado, entre 36 e 48 meses, a taxa de incidência de internação reduz em 2,8%.
Por isso, a Sanepar mantém o compromisso com a saúde pública dos paranaenses, mantendo um plano plurianual de investimentos constante e robusto. Entre 2025 e 2029, a previsão de investimentos é de quase 12 bilhões. “Esse compromisso também está refletido no compromisso assumido com o governador Ratinho Junior de tornar o Paraná o primeiro estado brasileiro a universalizar o saneamento, levando o benefício da coleta e tratamento de esgoto para 90% dos paranaenses e mantendo 100% da população com acesso à água potável.