Integrantes do Comitê da Bacia Hidrográfica do Paranapanema conheceram nesta quinta-feira (5) o diagnóstico preliminar das condições da bacia, que fará parte do Plano Integrado da Bacia. O diagnóstico, elaborado em conjunto pela Agência Nacional das Águas (ANA) e pelo Grupo de Trabalho do Comitê, foi apresentado pelos técnicos da ANA em plenária realizada em Regente Feijó (SP). 

Localizada numa área de 106 mil km², a Bacia do Paranapanema abrange seis bacias hidrográficas: três no Paraná e três em São Paulo. A Sanepar integra o Comitê como representante dos usuários. Tanto o diagnóstico como as outras etapas do Plano Integrado da Bacia deverão ser aprovadas em plenárias até a conclusão do documento, prevista para agosto de 2015. 

“Os comitês de bacias podem ser considerados como o parlamento da água, por reunir na mesma mesa representantes do Poder Público, dos usuários e da sociedade civil para discutir problemas e propor soluções para a melhoria da qualidade e da quantidade da água disponível”, disse o presidente do Comitê de Bacia do Paranapanema, que também é presidente do Instituto Águas do Paraná, Everton de Souza. 

É o Plano que vai determinar as ações a serem desenvolvidas dentro da Bacia, inclusive as diretrizes e critérios para cobrança pelo uso dos recursos hídricos.

Fazem parte da Bacia do Paranapanema 247 municípios – 132 do Paraná e 115 de São Paulo – com uma população total de mais de 5 milhões de habitantes. 

Nas Bacias do Estado de São Paulo – Alto Paranapanema, Médio Paranapanema e Pontal do Paranapanema – os planos integrados já estão concluídos e devem passar por atualização. Nas três Bacias do Paraná – Tibagi, Piraponema e Norte Pioneiro – os comitês estão contratando a elaboração dos planos. 

Os representantes da Sanepar no Comitê, o gerente da Regional de Santo Antonio da Platina, Gandy Ney de Camargo, e o gestor ambiental de Apucarana, Edson Denobi, informam que os trabalhos do Comitê do Paranapanema estão numa fase importante em que o diagnóstico do Plano da Bacia mostra comparativo em várias áreas, principalmente no setor de saneamento, indicando os avanços que devem ser feitos para aumentar os indicadores de coleta e tratamento de esgoto. “O diagnóstico aponta também que são necessários mais pontos de monitoramento dos recursos hídricos”, afirma Denobi.