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SOLUÇÕES E SUSTENTABILIDADE

Empregados da Sanepar dialogam sobre desafios, regulação de normas e inovação para a universalização do saneamento em Congresso da ABES

Com abordagens diversas, os empregados participaram de painéis sobre desafios, resultados e oportunidades de inovação para universalização do saneamento básico no segundo dia do Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental, em Brasília

28/05/2025

Soluções para a universalização do esgotamento sanitário, regulação eficiente, financiamento sustentável e descarbonização do setor foram alguns dos temas debatidos pela Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) no 33º Congresso da ABES ontem (27), em Brasília. Especialistas da Companhia participaram de painéis e diálogos setoriais que abordaram os principais desafios e as oportunidades de inovação que impactam diretamente o futuro do saneamento no Brasil.

Os empregados enriqueceram o diálogo sobre indicadores de resultados, transição energética e gestão eficiente. Eles compartilharam experiências, estudos e projetos que a empresa tem desenvolvido. Todas as iniciativas apresentadas reforçam o papel estratégico da empresa na transformação do saneamento, alinhada às metas do Marco Legal de Saneamento.

Além dos painéis, empregados da Sanepar também apresentaram artigos e trabalhos técnicos ao longo do 33º Congresso da ABES. As sessões técnicas abordaram temas como a análise de fármacos, a ampliação do sistema de abastecimento integrado de Curitiba e o sistema de gestão ambiental implantado em Foz do Iguaçu, entre outros assuntos que reforçam a atuação da Companhia em diferentes frentes do saneamento.

INOVAÇÃO E GESTÃO DE RECURSOS   - O analista de Pesquisa e Inovação da Sanepar, Gustavo Possetti, participou do painel “Gestão Eficiente e Inovação no Saneamento”, onde destacou os desafios do setor para alcançar a universalização dos serviços. Segundo ele, é preciso superar obstáculos, como o acesso a recursos, agilidade nos processos e eficácia nos resultados. Isso pode ser alcançado por meio do investimento em grandes ações, com parceiros estratégicos.

Possetti ressaltou que a chave para isso é a inovabilidade e a busca por gerar valor para a sociedade e para o mercado a partir de soluções inovadoras. Ele citou como exemplo o trabalho da Sanepar com a economia circular. “A Sanepar é uma empresa de vanguarda e vem desenvolvendo serviços de saneamento ambiental, buscando alternativas e métodos que possam gerar resultados importantes para quem observa seu modelo de negócio”, destacou. “Isso é inovabilidade: pensar a prestação de serviços de forma diferente, aproximar parceiros, obter resultados positivos e gerar impacto e valor para a sociedade.” Ainda pensando em inovação como ferramenta de gestão, no painel sobre fontes de financiamento, o gerente de Prospecção de Recursos da Sanepar, Joel de Jesus Macedo, falou sobre os esforços da Companhia para garantir recursos aos projetos de expansão na cobertura de esgoto. Ele ressaltou que a forma como a Sanepar tem gerido a busca e conquista dos recursos também é inovação.

“O nosso desafio é captar os recursos necessários para seguir com o plano de expansão, que prevê R$ 12 bilhões em investimentos até 2029”, destacou. Segundo ele, a Sanepar tem atuado de forma estratégica para fomentar o setor financeiro, desenvolvendo junto aos parceiros produtos que se adequem às necessidades da empresa.

“Com prudência no investimento, buscando o menor custo social e fomentando o setor financeiro, nós também estamos inovando na forma de gerir. Muitas vezes ajudamos o setor financeiro a desenvolver produtos específicos para a Companhia. A Sanepar tem entregado muito resultado na prospecção e na captação de recursos”, completou.

INDICADORES DE RESULTADOS  - Pensando nos investimentos realizados pela Companhia, a especialista em Inovação e Novos Negócios da Sanepar, Marisa Capriglioni, apresentou no painel sobre indicadores de desempenho como o uso de métricas tem impulsionado a universalização dos serviços. Ela destacou os resultados obtidos a partir de modelos como as Parcerias Público-Privadas (PPPs), que viabilizaram a ampliação da cobertura de esgoto na microrregião Leste e no litoral do Paraná. “Essa modelagem é inovadora e permite a antecipação de investimentos. Com isso, temos conseguido alcançar metas maiores e expandir a cobertura no estado”, explicou.

DESAFIOS E AVANÇOS NA REGULAÇÃO   - Além dos avanços operacionais, atender às normas regulatórias é um desafio para as companhias de saneamento. No painel sobre regulação, a coordenadora de Regulação Técnica da Sanepar, Katia do Rocio Ihlenffeldt, destacou como o cumprimento das normas também impacta diretamente a capacidade das companhias de captar recursos e garantir segurança jurídica para os investimentos. “Nós estruturamos melhor nossos processos e os tornamos mais transparentes para o ente regulador”, afirmou. “Um exemplo disso foi a melhoria completa do nosso cadastro no sistema comercial, realizada para atender à Norma Reguladora 8”, destacou.

SANEAMENTO E TRANSIÇÃO ENERGÉTICA – Possetti participou ainda do painel técnico onde foi discutido Como as Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs) Podem Impulsionar a Descarbonização no Setor de Saneamento e Contribuir com a Pauta da Transição Energética. Os trabalhos foram divididos com representantes da Agência da Nações Unidas para Desenvolvimento Industrial (UNIDO) e Universidade Federal do Ceará (UFC), sob a moderação de Gustavo Ramos, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Os palestrantes debateram a transformação das ETEs convencionais em biorefinarias, ou seja, estruturas capazes de tratar esgoto e ao mesmo tempo gerar produtos sustentáveis que podem ser reutilizados, tais como o biogás, o biometano e o hidrogênio renovável. O especialista reportou a trajetória de pesquisa e inovação da Sanepar na temática, citando casos que já operam em escala nas ETEs Ouro Verde, Belém e Atuba Sul, bem como as perspectivas da Companhia. “Um importante paradigma a ser perseguido nos próximos anos pelas empresas de saneamento é a transformação de subprodutos do processo de tratamento de esgoto em super-produtos, ou seja, materiais que possam ser incorporados em outras cadeias de suprimento, gerando valor para a sociedade. Essa é a materialização dos conceitos inerentes às economias de baixo carbono e circular. A Sanepar é pioneira em projetos de recuperação de recursos e trata do tema de forma estratégica, prospectando as melhores práticas mundiais e implementando ações que fazem a diferença na vida do cidadão”.

REAPROVEITAMENTO DO LODO DO ESGOTO  - O especialista Charles Carneiro falou sobre o trabalho da Sanepar e as rotas adotadas e em estudo pela Companhia para transformar os resíduos de esgoto oportunidades e em destinação sustentável. Charles mostrou que o Paraná e a Sanepar já fazem a destinação sustentável de 75% do lodo produzido nas estações da Companhia e que a meta é reduzir ainda mais o envio desse material para aterros sanitários. A rota da biodigestão deve se somar às novas rotas para diversificação do destino do lodo, como a secagem térmica, caldeiras, canteiros de mineralização para sistemas de pequeno e médio porte, UGL Privada e Parceria Público-Privada.

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