Captação no Rio São José é discutida em audiência pública
Sanepar explica que Cascavel corre risco de sofrer com falta de água se as obras não forem concluídas dentro do cronograma
O gerente Renato apresentou a estrutura do abastecimento em Cascavel, a projeção de crescimento e os critérios de escolha do São José como manancial que vai suprir a demanda da cidade pelo menos até 2027. A nova captação vai produzir cerca de 25 milhões de litros de água a mais por dia.
Porém, destacou o gerente, se as obras não forem concluídas, Cascavel corre risco de ter falta de água em pouco tempo. Renato respondeu questionamentos direcionados à Sanepar, de forma especial sobre as licenças e outorga para as obras, uso da água e para a retirada e recomposição da área florestal nos locais de intervenção.
São investimentos de R$ 72 milhões para a nova captação, a adutora, a ampliação da estação de tratamento de água e equipamentos para as unidades de produção e tratamento. As obras tiveram início no segundo semestre do ano passado e estão dentro do cronograma estabelecido.
Marlise da Cruz e Robert Gordon Hicson, do IAP de Cascavel e de Toledo, explicaram que a água é um bem de domínio federal e que a utilização dela para abastecimento público se sobrepõe aos demais usos na área das bacias. Robert lembrou ainda que a Sanepar tem o pedido da outorga desse rio há mais de 20 anos, já prevendo o crescimento da cidade e a necessidade de ampliação do sistema.
Ao término dos trabalhos, Celso Dalmolin apresentou a relação dos encaminhamentos da audiência, dentre os quais estão a criação do Conselho dos Recursos Hídricos, o levantamento e a avaliação das nascentes do Rio São José, a implantação de um plano municipal para as bacias hidrográficas e um programa de orientação aos agricultores da bacia para os cuidados com a água.