Dez toneladas a menos de lixo no Rio Iguaçu
Atividade de limpeza foi realizada por voluntários, dentro do Projeto Iguaçu Vivo, e busca a conscientização ambiental na comemoração do Dia do Rio Iguaçu
Cerca de dez toneladas de lixo e entulho foram retiradas das margens do Rio Iguaçu neste sábado (15/11), em Curitiba, nas proximidades do Memorial do Rio Iguaçu, instalação dentro do Parque do Centenário da Imigração Japonesa, no bairro Uberaba. O trabalho foi realizado por 200 voluntários que passaram a manhã percorrendo cerca de cinco quilômetros de faixas de terra no entorno do rio. Eles também atuaram no plantio de mudas de árvores nativas e em ações prévias de doação e coleta de tampinhas plásticas, óleo de cozinha usado e lacres de metal, resíduos que serão destinados a entidades filantrópicas para a geração de renda.
As atividades fazem parte da 3.ª edição do Projeto Iguaçu Vivo, promovido pelo Rotary Club Corporativo Sanepar, em parceria com voluntários da própria empresa de saneamento, outros rotarianos do Distrito 4730 e de fora do Paraná, Defesa Civil e Prefeitura Municipal de Curitiba. O evento deste sábado também celebra o Dia do Rio Iguaçu, que ocorre na segunda-feira (17).
Segundo Gislaine Ceschim, empregada da Sanepar e presidente do Rotary Club Corporativo Sanepar, o objetivo principal do Projeto Iguaçu Vivo é unir forças para ações práticas e encontros que estimulem a conscientização ambiental em relação à importância dos recursos hídricos e da correta destinação e coleta de resíduos. Todo o material retirado pelos voluntários da beira do Iguaçu foi colocado em sacos de lixo, coletados pela Prefeitura Municipal.
Entre os voluntários mais entusiasmados estava a família de Emanuelle Carvalho, com os filhos Daniel, de 7 anos, e Davi, de 4. “Trabalho na Sanepar há 19 anos e participo do grupo de voluntariado da Sanepar desde que ele iniciou. Hoje eu trouxe as crianças comigo para que pudessem ver as ações de cuidados com o meio ambiente acontecendo. Essas experiências se transformam em boas memórias e eles poderão passar isso para frente. Sinto que estou proporcionando uma boa experiência para eles e um bom exemplo para o futuro”, conta a mãe.
Participando pela primeira vez estava a voluntária Graziela Beltramin Sanches. “Atuo no tratamento de esgoto e me voluntariei porque acho fundamental esse tipo de trabalho. Fiquei impressionada com a quantidade de lixo, sendo que a maioria é lixo doméstico, como embalagens, plásticos, móveis, vidro, roupas, cabos, borracha, bitucas de cigarro... são coisas que não deveriam estar aqui, fazendo mal para o meio ambiente”, relata a voluntária.
Também participando da ação estavam os irmãos Danielli e Heverson Taborda Ribas. Ela atua na coleta e análise de amostras de água na Sanepar e ele trabalha na Estação de Tratamento de Água Passaúna. Ambos recordaram a importância do trabalho para a preservação ambiental e da oportunidade que eventos assim proporcionam para o encontro de pessoas que desejam atuar nesse sentido. “Participamos de todos os eventos e percebemos como isso traz mudanças de comportamento. Ver tudo limpinho, as pessoas se ajudando, transforma não só o meio ambiente, mas as próprias pessoas”, diz Danielli.
A mobilização de voluntários para a ação contou com o Programa de Voluntariado Corporativo da Sanepar. “Nossa missão de cuidar da água se concretiza com ações práticas, concretas, que envolvem os empregados interessados e dão a dimensão de como o descarte incorreto é prejudicial. Na comemoração do Dia do Rio Iguaçu, o maior do nosso Estado, isso faz ainda mais sentido”, afirma a secretária do Programa, Sabrina Riceto Karas.
AVANÇOS – Para Rafael Leite, rotariano, empregado da Sanepar e um dos idealizadores do Projeto Iguaçu Vivo, a atuação no Iguaçu é necessária e precisa ser ampliada. “O Rio Iguaçu é o maior rio do Paraná e que tem importância social, econômica e ambiental. Cuidar dele aqui, próximo de sua nascente, ajuda a manter a qualidade da água do rio para todo o Estado. Porém, nosso sonho é fazer esse projeto acontecer simultaneamente em todo o Paraná, desde a Região Metropolitana até Foz do Iguaçu, com mutirões simultâneos e cada vez ter um número maior de pessoas envolvidas. É criar uma ação de impacto tão grande que sensibilize as pessoas para que o Iguaçu possa estar limpo e saudável o tempo todo. Tão limpo e tão cuidado que a gente não precise mais estar fazendo ações para retirada de lixo, mas ações que celebrem o Dia do Rio de outras formas”, declara ele.