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Engenheiros da Sanepar fazem relato da viagem ao Rio Grande do Sul

Profissionais contribuíram em várias frentes em municípios atingidos pelas enchentes

31/05/2024

Depois de nove dias no Rio Grande do Sul, os engenheiros da Sanepar Lúcio Morelli, Getúlio Teixeira Neto e Robson Waltrick voltaram na última sexta (24) e relataram como foi levar apoio técnico aos sistemas de saneamento para os municípios de Canoas, Porto Alegre e São Leopoldo.

A ajuda da Sanepar ao estado gaúcho teve início em 6 de maio com o envio de 144 mil copinhos de água potável e, no dia seguinte, de cinco caminhões-pipa para ajudar na distribuição de água à população. O objetivo foi atender à demanda imediata de abastecimento público, uma vez que as inundações e a falta de energia elétrica interromperam o tratamento e a distribuição de água.

Os caminhões-pipa buscavam água potável em pontos indicados pelo Departamento Municipal de Água e Esgoto de Porto Alegre (DMAE) e faziam o transporte para abastecer locais prioritários, como hospitais, asilos e abrigos. Um dos locais abastecidos pelos caminhões da Sanepar foi o Asilo Padre Cacique, em Porto Alegre, uma das mais antigas instituições da capital gaúcha.

RECONSTRUÇÃO– Os engenheiros da Sanepar partiram no dia 16 de maio com a missão de ajudar a reconstruir os diques de contenção de enchentes de Porto Alegre, Canoas e São Lourenço, dar apoio à recuperação de equipamentos eletromecânicos das unidades de água e de esgoto e instalar sistemas provisórios de bombeamento da água das áreas alagadas.

Nessas cidades, a alta do nível dos rios provocou o rompimento dos diques, danificando e deixando submersas as bombas dos sistemas de drenagem urbana. A equipe da Sanepar se juntou a técnicos de outras empresas de saneamento, como as de São Paulo (Sabesp), Rio de Janeiro (Iguá), Minas Gerais (Copasa), do próprio Rio Grande do Sul (Corsan) e de Porto Alegre (DMAE).

Em Canoas, o grupo ajudou na instalação de duas bombas de grande porte – com capacidade de bombear 2.000 litros por segundo (l/s) cada – para a drenagem de áreas alagadas. Em Porto Alegre, o auxílio foi na instalação de três motores na Estação Elevatória de Esgoto Baronesa, para bombas capazes de recalcar em conjunto 500 l/s. Esses serviços foram realizados com técnicos da Sabesp e do DMAE de Porto Alegre.

Além do trabalho em campo, a equipe de saneparianos realizou duas apresentações técnicas ao DMAE. A primeira, sobre sistemas de comportas: importância da manutenção preventiva para o perfeito funcionamento, seguida de equipamentos apropriados para dar robustez ao sistema de proteção contra enchentes, na cidade de Porto Alegre. Na ocasião foram elencados vários fornecedores que projetam e instalam essas comportas em campo.

A segunda palestra abordou a instalação e disponibilidade de modelos de bombas anfíbias. Esses equipamentos são muito versáteis e indicados para operar em caso de alagamentos pois podem trabalhar tanto dentro como fora d’água. Foi abordada, também, a possibilidade de utilização de vários modelos de bombas submersíveis que apresentam excelente rendimento hidráulico e baixo consumo de energia, largamente utilizadas pela Sanepar.

LIMPEZA – Com a retomada das unidades operacionais de abastecimento no Rio Grande do Sul, a Sanepar manteve dois caminhões-pipa auxiliando no processo de distribuição de água e enviou cinco caminhões de hidrojateamento. Esses últimos estão sendo utilizados na limpeza das vias e espaços públicos.

DIAGNÓSTICO – No período em que estiveram no estado gaúcho, os engenheiros da Sanepar conheceram estações de tratamento de água e de esgoto, ainda submersas, sistemas de drenagem e equipamentos eletromecânicos em operação, e puderam, com isso, fazer um diagnóstico e sugerir soluções já adotadas pela Sanepar em barragens e em situações críticas de alagamento.

IMPACTO EMOCIONAL – Os três relatam que ficaram impactados com o cenário de destruição causado pelas chuvas e com a condição precária dos moradores. “A gente vê as notícias na televisão e, ao chegar lá, é bem pior. A situação nos emocionou muito. Pessoas muito simples precisando de ajuda”, afirma Getúlio. Para Lucio Morelli, foi uma experiência única e dolorosa entrar em contato com o sofrimento da população. “Nos causou impacto pessoal e profissional.”

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