Rede coletora de esgoto vai mudar a vida dos moradores dos distritos Iguatemi e Floriano
R$ 48 milhões estão sendo investidos pela Sanepar nos distritos de Maringá
Moradores dos distritos de Iguatemi e Floriano, em Maringá, não veem a hora de eliminar as fossas sépticas dos seus quintais. As obras de implantação do sistema de esgotamento sanitário seguem aceleradas e devem ser concluídas ainda em 2024, melhorando as condições de saúde e meio ambiente das localidades. Os recursos aplicados pela Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) nos distritos de Maringá somam R$ 48 milhões.
Daiane de Fatima Henrique, moradora da Rua Otávio Carvalho de Oliveira, em Iguatemi, está muito feliz com o benefício que está chegando no distrito. “Faz tempo que estamos esperando. Agora vai melhorar bastante”, afirma. “É bom para as crianças, é bom pra nós”, destaca. Ela mora com o marido e os quatro filhos: José, de 2 meses, Sebastião Júnior, de 4 anos, Giovana, 10, e Davi Roberto, 12, num imóvel que já não suporta mais fossas. Daiane conta que está com uma situação provisória na calçada aguardando a liberação da rede coletora de esgoto, o que deve ocorrer nos próximos meses.
Geni Rossi Sabatine faz coro com a vizinha e também comemora as obras. No quintal da sua casa há bastante espaço para os netos brincarem, mas diz que a existência de fossas representa um risco. “A nossa fossa afundou faz muitos anos. Fizemos outra que teve que esvaziar algumas vezes”, relata. Outra moradora da Rua Otávio Carvalho de Oliveira, Ligia Garcia de Freitas diz que teve problemas com entupimentos e desbarrancamentos de fossas também. “Duas vezes, choveu e ao amanhecer a fossa já tinha ido. Com tampa, tijolo e tudo”, lembra. “A rede de esgoto vai dar mais segurança pra nós”, comemora.
OBRAS – No Distrito Iguatemi, a Sanepar está implantando de 53,4 km de tubulações para a coleta de esgoto. A obra inclui a construção da Estação Elevatória de Esgoto Chapecó e da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Pitanga. O atendimento com o serviço chegará para 75% da população neste primeiro momento, podendo atingir 90% em breve, uma vez que a ETE foi dimensionada para isto.
Em Floriano, a Sanepar está implantando 10 mil metros de tubulações e uma moderna ETE. Nesta fase, o atendimento com rede coletora no distrito saltará de 24% para 65% da população.
Ainda no Norte do Estado, devem começar nos próximos 30 dias, as obras de implantação do sistema de esgotamento sanitário em Irerê, distrito de Londrina. Lá a Sanepar vai investir R$ 15 milhões numa estação de tratamento modular para atingir 65% de cobertura com o serviço.
O diretor-presidente da Sanepar, Wilson Bley Lipski, lembra que os esforços da Companhia estão direcionados para a universalização do saneamento no Paraná e que, onde já se atingiu este patamar, os investimentos seguem para melhorar a qualidade dos serviços prestados. “Não paramos de investir porque queremos que o Paraná como um todo tenha a melhor condição de saneamento do Brasil. Em Maringá e Londrina, por exemplo, avançamos agora nos distritos com importantes obras de esgotamento sanitário, mas não deixamos de aprimorar os processos e melhorar a estrutura já existente nas sedes dos municípios”, resume.
MAIS OBRAS – Em Maringá a Sanepar está investindo mais de R$ 125 milhões em obras de incremento da produção de água e de melhoria da eficiência operacional das suas estações de tratamento de esgoto. A cidade ocupa a primeira posição do Ranking do Saneamento 2024, publicado pelo Instituto Trata Brasil, com o melhor desempenho do setor entre as 100 maiores cidades do país.
A cidade cresce com uma estrutura de saneamento sustentável. Recursos do banco alemão KfW estão viabilizando o tratamento do lodo e a queima do gás metano para aproveitamento futuro em duas estações de tratamento de esgoto de Maringá. Uma obra importante será entregue no início de 2025. Trata-se da melhoria da qualidade do efluente da ETE Alvorada. E, em 23 de setembro, será aberta licitação para contratação de obra similar na ETE Mandacaru.
Em Londrina, as obras em andamento somam R$ 256 milhões. Parte destes recursos foram aplicados na modernização de ETEs, porém o maior volume de investimentos é destinado à ampliação da capacidade de reservação e transporte de água. Um exemplo é a obra de implantação de uma nova linha de adutora que vai melhorar a distribuição de água da região Oeste de Londrina e da cidade de Cambé, além de viabilizar a integração do município de Rolândia ao Sistema Tibagi.
Texto e fotos: Giovanna Fonseca