O diretor de Operações da Sanepar, Sérgio Wippel, participou de audiência pública virtual, promovida nesta terça-feira (26) pela Assembleia Legislativa do Paraná, para tratar da regularização da ocupação do Bubas em Foz do Iguaçu. Wippel disse que a Companhia já tem previsto, no Plano Plurianual de Investimentos, recursos financeiros para a implantação de rede de água e de esgoto na ocupação.

Para que isso ocorra, é preciso que a Prefeitura regularize a divisão dos lotes, o arruamento e o cadastro dos moradores. “Temos no nosso planejamento a implantação de 15 quilômetros de tubulação de água e de esgoto para atender os moradores da área. Além disso, com a regularização será possível também a aplicação da Tarifa Social, garantindo saneamento e tarifa mais adequada aos moradores da ocupação”, disse Wippel.

Segundo a Sanepar, a ocupação é abastecida de forma irregular e o consumo chega a seis milhões de litros de água por mês, o que representa um desperdício de água e, pelas condições de abastecimento, também há um risco sanitário. Para abastecer a ocupação do Bubas, a empresa disponibiliza três “torneirões”, de onde derivam as redes para as casas. Esta tubulação aparente dá condições propícias para contaminação e vazamentos.

O diretor afirma que recentemente a Sanepar realizou obras para atender aos moradores do entorno, que tiveram o abastecimento comprometido em razão do desperdício provocado pela precariedade das redes irregulares de água. A Companhia precisou investir em obras de reforço, desviando da ocupação, para atender aos moradores do entorno.

A audiência foi mediada pelo deputado estadual Tadeu Veneri e teve a participação do desembargador do Tribunal de Justiça do Paraná Fernando Prazeres, da professora da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila) Cecília Maria de Morais Machado Angileli, do representante do Centro de Direitos Humanos de Foz do Iguaçu Hamilton Serighelli, da defensora pública do Paraná, Olenka Lins e Silva Martins Rocha, do desembargador Abraham Lincoln Calixto, de representantes da Prefeitura de Foz do Iguaçu, do Governo do Estado, da Copel, e de moradores da Ocupação Bubas e empresários locais.