A interligação de dois poços, as melhorias operacionais implantadas no sistema de distribuição e a colaboração da população com o uso racional foram fatores determinantes para que a Sanepar suspenda o rodízio no abastecimento de água de Medianeira. A medida é temporária e fica condicionada à estabilidade das vazões dos mananciais e ao consumo de água, que teve ligeiro acréscimo no fim de semana prolongado. A Sanepar alerta, no entanto, que em qualquer tempo o rodízio pode ser retomado para garantir fornecimento de água de forma igualitária para todas as regiões da cidade.

Desde o ano passado, os poços e o Rio Alegria, principal manancial de abastecimento, perderam vazão, dificultando a regularidade do fornecimento de água e levando a Sanepar a implantar o rodízio.

A Sanepar então interligou dois novos poços ao sistema, o último em março deste ano, aumentando o volume de água no sistema. Em paralelo, foram substituídos 15 quilômetros de rede e executadas melhorias para contribuir com a transferência de água para a região Sul da cidade. Essas medidas somadas à estabilidade nas vazões e ao apoio de todos moradores estão contribuído para regularizar o fornecimento de água desde o fim de maio, sem a necessidade do rodízio.

O gerente regional da Sanepar, Nilton Perez, lembra que a empresa fez todos os esforços para mitigar os impactos da estiagem e para colocar em operação os novos poços. “Mesmo com a situação de estiagem, a Sanepar buscou alternativas que pudessem trazer melhorias e a manutenção do abastecimento, ainda que de forma alternada. Temos de destacar ainda o importante apoio dos meios de comunicação na campanha para o uso racional da água e a colaboração da população que entendeu ser um momento delicado e que dependia da ação de todos”, explica o gerente.

“Vale lembrar que o alerta de uso racional permanece porque as previsões são de chuvas abaixo da média também no verão, quando a temperatura tende a ser mais alta e o consumo se eleva naturalmente. Por isso, temos que continuar fazendo uso econômico da água”, afirma Nilton.