Workshop de prospecção de recursos possibilita investimentos no setor de saneamento
Em parceria com a Aesbe, Sanepar apoia e participa de evento que reúne empresas do setor, bancos e instituições de fomento
O workshop “Prospecção de recursos para investimentos em saneamento básico”, que está em curso desde ontem (26) em Curitiba, reúne empresas do setor, bancos, instituições de fomento e investidores para discutir estratégias e oportunidades de financiamento na área de saneamento básico no Brasil. O evento é promovido pela Sanepar e pela Associação Brasileira das Empresas Estaduais de Saneamento (Aesbe). O primeiro dia do evento foi marcado por discussões profundas e intercâmbio de ideias entre os participantes, com objetivo de fortalecer as bases para futuros investimentos no setor de saneamento. O workshop continua nesta sexta-feira (27), com mais painéis e oportunidades de diálogo sobre financiamento e desenvolvimento sustentável.
A cerimônia de abertura foi conduzida pelo diretor-presidente da Sanepar, Wilson Bley, que destacou a necessidade de se buscar parcerias e propostas para a universalização do saneamento. “São dois dias de trabalho em que podemos fazer boas conexões e entender onde estão as nossas demandas, nossas necessidades, e onde está a verba, a oportunidade. Estive no BRDE por cinco anos e sei quão ávidos estamos, no saneamento, por diálogos e possibilidades como esta. Nós precisamos ter grandes investimentos, que tragam bons resultados, até porque existe uma demanda social muito forte sobre de nós. Não é só a exigência da lei, do Marco Regulatório pela universalização até 2033. Temos que efetivamente entregar um bom serviço à sociedade, que clama por nossas ações”, ressaltou em seu discurso.
O presidente destacou ainda que parcerias e planos consolidados devem ajudar a estabelecer possibilidade de executar as obras necessárias dentro deste prazo de menos de dez anos. “Temos dito sempre que a universalização é mais do que saúde pública, é dignidade social. Aonde levamos nossos serviços, vemos na prática que as pessoas se mobilizam e mudam sempre para melhor. A todos nós que fazemos saneamento no dia a dia é gratificante ver que a nossa ação, embora nem sempre visível, traz transformações sociais muito relevantes”, enfatizou Bley. O secretário-executivo da Aesbe, Sérgio Gonçalves, também reforçou a importância de se promover um espaço colaborativo para identificar novas fontes de financiamento e criar parcerias estratégicas no setor.
No primeiro painel do evento, “Panorama dos investimentos em saneamento no Brasil”, o gerente de Prospecção de Recursos da Sanepar (GPRC), Joel Macedo, apresentou as tendências e os desafios no financiamento de projetos de saneamento, além de fornecer índices nacionais e dados atualizados do volume de investimentos e cronogramas futuros do setor, com base no Grupo de Trabalho de Recursos para o Saneamento (GTRIS).
Na sequência, a diretora de Investimentos (DI), Leura Lucia Conte de Oliveira, apresentou o plano de investimentos da Sanepar, destacando as oportunidades de execução de novos projetos e obras alinhados às expectativas do mercado e reforçando a importância de recursos adequados para a expansão dos serviços de saneamento.
No terceiro painel, moderado por Marisa Capriglioni, da Diretoria de Inovação e Novos Negócios (DIN), representantes da Sanepar, da Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece), da Companhia Espírito Santense de Saneamento (Cesan) e da Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa) trouxeram experiências de sucesso em Parcerias Público-Privadas e falaram sobre as oportunidades com as PPPs.
No período da tarde, o painel “Oportunidades de financiamentos”, moderado pelo secretário da Aesbe, Sérgio Gonçalves, mostrou produtos e serviços financeiros voltados para o saneamento, com a participação de representantes do BNDES, IFC, FGTS e Fonplata, o fundo financeiro que apoia técnica e financeiramente estudos, projetos e obras nos países-membros da Bacia do Prata: Argentina, Bolívia, Brasil, Paraguai e Uruguai. Frederico Lage (BNDES), Oscar Carvallo (Fonplata), João Carneiro (IFC) e Clayton Facchini (FGTS) detalharam as soluções oferecidas por suas respectivas instituições para apoiar os projetos de saneamento no Brasil.