A Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) colocou em operação, esta semana, a nova adutora de água bruta para atender o sistema de abastecimento de Ponta Grossa. A rede de grande porte, com sete quilômetros de extensão e 70 centímetros de diâmetro, transporta a água in natura da captação no rio Pitangui até a Estação de Tratamento de Água, no Jardim Carvalho. Somente na obra da adutora, a Companhia investiu mais de R$ 22,7 milhões.
“As obras que a Sanepar concluiu em Ponta Grossa representam um marco importante para o reforço da infraestrutura de atendimento na cidade, para o abastecimento da população nos próximos anos e para a segurança hídrica do sistema”, destaca o diretor-presidente da Sanepar, Wilson Bley. “Amplia a capacidade de captação e transporte com maior eficiência e menor risco de interrupções no abastecimento”, ressalta.
A duplicação da adutora foi concluída de forma integral no dia 13 de abril. Essa etapa marcou o término da fase de execução física da tubulação, com a parte civil da obra. “Após a conclusão das montagens eletromecânicas, iniciamos a fase de testes operacionais da adutora. Essa etapa foi essencial para verificar a estanqueidade das conexões, a vedação propriamente dita, avaliar possíveis pontos de vazamento e aferir o desempenho hidráulico do sistema, garantindo que todos os parâmetros técnicos de projeto estivessem atendidos com segurança e eficiência”, explica a diretora de Investimentos da Sanepar, Leura Lúcia Conte de Oliveira.
Nesta quinta-feira, 22 de maio, com a finalização bem-sucedida de todos os testes, a adutora entrou em plena operação, funcionando de forma estável e contínua. “O sistema tem superado as expectativas inicialmente projetadas, apresentando ganhos significativos em termos de vazão, eficiência energética e segurança operacional”, comenta o gerente de Projetos e Obras da Sanepar na região Sudeste, Joel Pires.
A Sanepar ainda segue com as etapas do projeto para a construção do Sistema Tibagi. O processo é bastante técnico e demanda estudos multidisciplinares, que estão em elaboração.
DESTAQUE E MAIS OBRAS – Ponta Grossa é referência quando se fala do cenário nacional do saneamento. A cidade ocupa a 10.ª posição no ranking nacional em qualidade de coleta e tratamento de esgoto, de acordo com levantamento anual do Instituto Trata Brasil. “Esta posição, e a de outros municípios paranaenses atendidos pela Sanepar e que igualmente se destacam no País, reflete a qualidade dos serviços prestados e o esforço no planejamento e em investimentos permanentes feitos pela Sanepar”, enfatiza o diretor-presidente Bley.
“Esta posição, e a de outros municípios paranaenses atendidos pela Sanepar e que igualmente se destacam no País, reflete a qualidade dos serviços prestados e o esforço no planejamento e em investimentos permanentes feitos pela Sanepar” (Wilson Bley)
Para acompanhar o crescimento acentuado da cidade, nos últimos cinco anos, a Companhia investiu mais de R$ 217 milhões em infraestrutura de água e esgoto. Deste total, cerca de R$ 100 milhões foram aplicados exclusivamente na ampliação e na modernização do sistema de abastecimento de água, garantindo que 100% da população urbana tenha acesso à água potável segura e de qualidade, atendendo a todos os parâmetros e exigências existentes.
O Paraná aparece em quarto lugar em um estudo nacional sobre qualidade de vida, feito a partir da utilização do Índice de Progresso Social Brasil (IPS). O relatório, divulgado nesta quinta-feira (29), mostra o Paraná com nota 63,83, atrás apenas de Distrito Federal (69,04), São Paulo (66,45) e Santa Catarina (64). Curitiba é a única capital entre as dez melhores cidades para se viver em todo o Brasil.
O Índice de Progresso Social (IPS) é uma metodologia que avalia a qualidade de vida da população no Brasil de forma multidimensional. O estudo analisa se as pessoas têm o necessário para prosperar, indo além de métricas tradicionais e paradigmas econômicos.
Na área de saneamento, o Paraná é destaque, com cidades como Curitiba, Maringá e Londrina, atendidas pela Sanepar. Elas alcançaram pontuação superior a 90, de um máximo de 100. Atualmente, a água tratada chega para 100% da população urbana atendida pela Sanepar e 81,5% possui o atendimento do serviço de coleta de esgoto, sendo que todo o esgoto coletado recebe tratamento.
“Com investimentos previstos de R$ 11,8 bilhões até 2029, o objetivo é tornar o Paraná o primeiro estado brasileiro a ter o saneamento universalizado. A Sanepar está na vanguarda, com projetos e ações, como por exemplo as PPPs, que são um caminho para transformar o saneamento em prioridade nas políticas públicas, com foco em resultados concretos para a população”, comenta o diretor-presidente da Sanepar, Wilson Bley.
No ano passado, a Sanepar foi considerada a melhor do mundo, recebendo o Prêmio Campeões do ODS 6, promovido pela Global Water Intelligence e pelo Global Water Leaders. Esse prêmio reconhece os esforços da empresa para atingir o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS 6) da Organização das Nações Unidas (ONU): Água Potável e Saneamento - Garantir a disponibilidade e a gestão sustentável da água potável e do saneamento para todos.
MELHORES CIDADES – Pelo ranking do IPS, Curitiba é considerada a melhor capital para se viver e Maringá está entre as cinco cidades com população entre 100 e 500 mil habitantes. As duas cidades paranaenses já contam com a universalização do saneamento. Em ambas, 100% da população tem acesso à água potável. Em Curitiba, 98% da população é servida com coleta e tratamento de esgoto, e em Maringá o serviço chega a 100%, liderando o ranking do saneamento 2024 divulgado pelo Instituto Trata Brasil.
Os indicadores de saneamento também destacam Londrina como a nona cidade com melhor qualidade de vida, entre os municípios brasileiros com mais de 500 mil habitantes.
SOBRE O IPS – Realizado pelo Imazon em parceria com a Fundación Avina, Amazônia 2030, Anattá Pesquisa e Desenvolvimento, Centro de Empreendedorismo da Amazônia e Social Progress Imperative, o Índice de Progresso Social (IPS) é uma ferramenta que mede o desempenho social e ambiental de territórios em todas as geografias (países, estados, municípios e até comunidades). São avaliados indicadores que envolvem, por exemplo, nutrição e cuidados médicos básicos, água e saneamento, moradia, segurança pessoal, acesso à informação e comunicação, acesso à educação superior e qualidade do meio ambiente. Eles estão divididos em três dimensões: necessidades humanas básicas; fundamentos para o bem-estar; e oportunidades.
Os indicadores usam como base fontes oficiais e de institutos de pesquisa, como os ministérios da Saúde e da Cidadania, o Sistema Nacional de Informações sobre o Saneamento (SNIS), Instituto Nacional de Estudos e pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Mapbiomas, Anatel, CadÚnico, entre outras.
A Sanepar em Foz do Iguaçu contratou mergulhadores para inspecionar os 225 metros de tubulação subaquática localizada no Lago de Itaipu. A verificação é feita periodicamente para garantir a integridade das tubulações, ancoradas por cabos de aço, que estão submersos.
A maior parte do trabalho dos mergulhadores foi realizada embaixo da água. Além do registro de imagens de todo o percurso da tubulação, os profissionais também fizeram reparos e substituíram peças que estavam desgastadas.
O diretor-presidente da Sanepar, Wilson Bley, comenta que a operação dos sistemas de água e esgoto exige serviços especializados, pois além de serem estruturas de grande porte, muitas delas estão localizadas em lugares inóspitos ou de difícil acesso. “E, com o compromisso de manter o abastecimento de água em quantidade e qualidade, a Companhia utiliza da melhor tecnologia disponível, para manter o bom funcionamento dos equipamentos“, observa.
O Lago de Itaipu tem movimentação intensa de barcos de pesca, lazer e turismo. “Com a vistoria, o objetivo é evitar risco de acidentes - caso as tubulações se desprendam -, ou ainda o risco de reduzir a capacidade operacional da unidade de captação”, comenta o gerente geral da região Sudoeste, Marcio Luis de Souza.
OPERAÇÃO - A velocidade da água, dos ventos e intercorrências como secas e enchentes, afeta a vida útil do material. Com esse trabalho, evita-se acidentes e impacto ambiental adverso. A análise por meio de vistoria visual e tátil, bem como da captação de imagens, define a necessidade de reparos ou substituição de peças. “Neste ano, por exemplo, foi identificada uma pequena fissura em uma peça que faz a conexão entre os tubos, e o reparo foi feito de imediato”, explica a gerente regional da Sanepar Polyana Varlett.
O mergulhador Sandro Luiz Cardoso diz que o trabalho foi bastante complexo e exigiu muita atenção da equipe de mergulhadores. “Teve uma ruptura de um colarinho, numa rede de PEAD (tubo de polietileno), que faz conexão com uma parte metálica que é a estrutura fixa desta rede. A maior dificuldade foi desconectar toda a tubulação, num ambiente de muita pressão de água, e que exige bastante dos mergulhadores, uma vez que cada profissional tem um tempo de permanência submerso”, comenta.
CAPTAÇÃO - A captação flutuante do Lago de Itaipu na região de Foz do Iguaçu iniciou a operação em 2015. Ela é composta por três conjuntos de motobombas e uma plataforma flutuante com 96 metros quadrados. Localizadas a uma distância de 250 metros da margem do lago, as bombas e parte da estrutura metálica é conectada por tubos submersos até as bombas instaladas no píer que interliga com a unidade de tratamento.